



Imagens retiradas das referências [7] [8] [9]
A exposição aguda a doses elevadas pode afetar a conjuntiva, pele, mucosas, e vias aéreas superiores.
A exposição crónica a baixas doses, mais associada à exposição ocupacional, provoca nefrotoxicidade, hepatotoxicidade e neurotoxicidade.
Os sintomas neurotóxicos incluem:
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Sonolência
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Cefaleia
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Fadiga
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Tonturas
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Desequilíbrio
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Diminuição do tempo de reação
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Perturbações da função dopaminérgica do cérebro
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Alterações na condução nervosa
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Alterações do desempenho neurocomportamental, como transtornos do humor
Este composto poderá também estar na origem de problemas de deteção de cores e alterações auditivas entre os trabalhadores que com ele contactam. [1] [2]
Estudos recentes têm demonstrado que o estireno é responsável por danos citogenéticos em linfócitos de trabalhadores expostos. Esses danos incluem quebras cromossómicas, aneuploidia, trocas de cromatídeos irmãos e micronúcleos. [3]
Dado que a exposição ao estireno ocorre maioritariamente por inalação, as células epiteliais do pulmão são as principais envolvidas nas respostas tóxicas e/ou inflamatórias, secretando mediadores pró-inflamatórios; a produção excessiva destes mediadores parece ter um papel chave no desenvolvimento da lesão tecidual em condições inflamatórias agudas e crónicas, que tem consequências ao nível da patogénese de doenças inflamatórias pulmonares. [4]
A Agência Internacional para Pesquisa do Cancro (IARC) designou o estireno como possivelmente cancerígeno para os seres humanos, com limitada evidência de carcinogenicidade em animais experimentais e inadequada evidência em seres humanos (grupo 2B). Assim, não há associação causal entre o estireno e qualquer forma de cancro em seres humanos, mas uma pequena elevação do risco de um ou mais cancros não pode ser descartada.
O seu metabolito, 7,8-dióxido de estireno (SO), é considerado diretamente responsável pelos efeitos genotóxicos do estireno, já que possui capacidade de se ligar covalentemente ao DNA; foi, então, classificado pela IARC no grupo 2A, provavelmente cancerígeno para os seres humanos, com suficiente evidência de carcinogenicidade em animais experimentais, e inadequada evidência em seres humanos. [1] [5]
O estireno é considerado seguro para a população em geral, dada a baixa exposição em comparação com a dos trabalhadores que contactam diariamente com este composto.
[1] Rueff, J., J. P. Teixeira, L. S. Santos and J. F. Gaspar (2009). "Genetic effects and biotoxicity monitoring of occupational styrene exposure." Clinica Chimica Acta 399(1–2): 8-23.
[2] Papaleo, B., Caporossi, L., Bernardini, F., Cristadoro, L., Bastianini, L., De Rosa, M., Capanna, S., Marcellini, L.. Loi, F., Battista, G. (2011). "Exposure to styrene in fiberglass-reinforced plastic manufacture: still a problem." J Occup Environ Med 53(11): 1273-1278.
[3] Teixeira, J. P., Gaspar, J., Coelho, P., Costa, C., Pinho-Silva, S., Costa, S., Da Silva, S., Laffon, B., Pasaro, E., Rueff, J., Farmer, P. (2010). "Cytogenetic and DNA damage on workers exposed to styrene." Mutagenesis 25(6): 617-621.
[4] Röder-Stolinski, C., G. Fischäder, G. J. Oostingh, R. Feltens, F. Kohse, M. von Bergen, N. Mörbt, K. Eder, A. Duschl and I. Lehmann (2008). "Styrene induces an inflammatory response in human lung epithelial cells via oxidative stress and NF-κB activation." Toxicology and Applied Pharmacology 231(2): 241-247.
[5] Vineis, P. and Zeise, L. (2002). "Styrene-7,8-oxide and Styrene". IARC Monograph 82.
[6] https://vivamelhoronline.files.wordpress.com/2015/03/sistema-urinario-masculino-rins-1384967656376_615x300.jpg (Consultado a 27/5/15)
[7] http://chabeneficios.com.br/wp-content/uploads/2014/11/chas-para-os-pulmoes.jpg (Consultado a 27/5/15)
[8] https://expertbeacon.com/sites/default/files/advice_for_choosing_a_brain_injury_rehabilitation_program.jpg (Consultado a 27/5/15)